02. Os dez mandamentos
Uma aliança com Deus | Série: Jesus e os dez mandamentos
Introdução | Três meses depois dos israelitas terem saído do Egito eles chegaram ao deserto do Sinai e ali acamparam. Quando Moisés sobe ao monte para orar, Deus propõe ao povo, por intermédio dele, uma aliança (19:1-3). Deus argumenta: “Vocês viram o que fiz aos egípcios e como trouxe vocês a mim?” (v.4). E propõe: “Agora, se me obedecerem fielmente e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal dentre todas as nações.” (v.5a). Moisés transmite a mensagem aos líderes de Israel e todo o povo responde em uma só voz: “Vamos fazer tudo que o Senhor ordenou” (v.8;24:7). O que fez o povo aceitar a aliança?
O Deus presente | Eles estavam livres, rumo a Terra Prometida e provavelmente se lembraram das promessas feitas a Abraão, a Isaque e a Jacó. O mal transformado em bem na vida de José, a improvável liderança de Moisés, as dez pragas, a travessia do Mar Vermelho, o maná, as perdizes, a água minando das pedras, enfim, Deus sempre esteve com eles e tudo isso revelava um Deus criador1, incomparável2, santo3 e digno de adoração4. O Deus da honra5, da vida6, da fidelidade7, da justiça e da ordem8, da verdade9 e da provisão10. Enfim, o Deus de amor eterno (Jr 31:3). Você sente Deus presente na sua história? Você faria uma aliança com Ele?
O Deus da liberdade | É nesse contexto que Deus deseja firmar a aliança. E ainda hoje ela tem o mesmo propósito: nos manter livres em Deus, para nunca mais sermos escravos. Veja que Deus, apesar de seu supremo poder, não deseja nos dominar, nos oprimir, nos controlar, como fazem os poderosos dessa Terra (Mq.7:3). Deus nos deseja livres. O amor verdadeiro só é possível quando há liberdade. Ele não nasce da obrigação, mas da gratidão (1Jo 4:10). A aliança não é proposta no Egito, mas fora do Egito. É possível perceber o elevado caráter de Deus e seu amor incondicional a medida que ele nos trata de forma tão especial, mesmo sabendo que nada podemos lhe oferecer. Como você tem usado a sua liberdade?
A nova aliança | Todavia, por causa de sua desobediência, o povo acabou voltando a escravidão*. Foram incapazes de obedecer a lei por causa de sua natureza pecadora (Rm 7:12-14). O problema não estava na lei, mas, no povo. Porém, em Jesus é estabelecida uma nova aliança (Gl 3:23-26; Lc 22:20). Uma aliança superior, não mais escrita em tábuas de pedra, mas em nossas “mentes” e “corações” (Hb 8:8-10; 2Co 3:3). Tudo que existia antes era sombra do que haveria de vir (Hb 10:1). Jesus é o sacerdote perfeito, o mediador perfeito, que ofereceu a si mesmo, o sacrifício perfeito e eterno, para aperfeiçoar homens imperfeitos. Não somos salvos porque cumprimos a lei, isso é impossível para nós, somos salvos quando mantemos a nossa fé firme em Cristo como nosso Salvador, aquele que cumpriu a lei em nosso lugar, a fim de nos apresentar diante de Deus “santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação” (Cl 1:21-23).
Conclusão | Ore pedindo a Deus que lhe liberte de qualquer ideia insensata de uma salvação por merecimento próprio. Que você possa fortalecer a sua fé, reconhecendo em cada mandamento o amor e o cuidado de Deus. Que você possa se sentir grato e disposto a obedecer por amor a Cristo e tudo que ele já fez e ainda fará por você.
Leitura complementar:
Assim Jesus resumiu os dez mandamentos (Mt 22:36-40):
I. “AMARÁS O SENHOR, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento.”:
- Não terás outros deuses diante de mim
- Não farás para ti imagem de escultura
- Não tomarás o nome de Deus vão
- Lembra-te do dia de sábado
II. “...AMARÁS O TEU PRÓXIMO como a ti mesmo.”:
- Honra teu pai e tua mãe
- Não matarás
- Não adulterarás
- Não furtarás
- Não dirás falso testemunho
- Não cobiçarás