06. Bem-aventurados os que choram

Série - A busca da felicidade em Cristo

Publicado em 17/04/2022 às 20h52

1. TEMPO DE ORAR | 5 min
2. TEMPO DE CANTAR | 5 min
3. TEMPO DA PALAVRA | 30 min

"Bem-aventurados os que choram..." (Mateus 5:4).

Introdução | Ao “que chora” é revelado que o grande Deus onipotente é também o santo Deus onisciente. O Todo-poderoso habita num “alto e santo lugar”, mas também pode habitar dentro de nós de forma íntima e pessoal (Is 57:15). Ele conhece todos os nossos pensamentos, sendo impossível se esconder de Sua presença (Sl 139:1-5,7,14). Mais do que isso, Ele deseja que sejamos santos, como Ele é santo (1 Pe 1:15-16). Essa fé o leva a um profundo desejo de que Deus retire dele tudo aquilo que O desagrada, que possa impedi-lo de estar em Sua presença (Sl 139:23-24). Ele deseja viver em santidade, mas descobrirá em seu próprio umbigo o seu maior inimigo. Que inimigo é esse?

Um coração enganoso | Os poderosos desta Terra impõem as suas vontades à força (Mq 7:3). Contudo, nosso Deus é um Deus de liberdade. O homem é livre para fazer as suas próprias escolhas. O homem não é um robô guiado por Deus! É um ser racional e moral, com vontade e consciência própria, ou seja, capaz de perceber, mesmo que de forma limitada, o certo e o errado. Todavia, o pecado faz um estrago em seu coração e corrompe a sua vontade. Um coração que tende para o mal e que se afasta da vontade do seu criador. Seu coração diz "descansa, come, bebe e regala-te" (Lc 12:19). E ainda, "alegre-se... siga por onde seu coração mandar" (Ec 11:9). Mas ele se esquece que "enganoso é o coração... Não há ninguém capaz de saber até que ponto é mau e pecador o coração humano!" (Jr 17:9). É dele que procedem todos os maus pensamentos (Mt 15:19). Um homem escravo de si mesmo, iludido por suas próprias cobiças (Tg 1:14-15; Pv 14:12; 1Jo 2:16). É justamente este lugar que Jesus deseja habitar, porque ele sabe que tudo aquilo que você valoriza, você guarda no seu coração, a origem da sua vontade (Mt 6:21). Você confia no seu coração?

A cobiça dos olhos | Na busca pela felicidade o homem deseja tudo aquilo que seus olhos são capazes de ver e sua mente imaginar. Ele será seduzido, enfeitiçado por sonhos pelos quais passará a vida toda lutando e por fim descobrirá que eles não os farão feliz (Pv 7:23). Assim ele se torna escravo de si mesmo, de sua própria vontade. Insaciável, ele quer possuir cada vez mais, e nunca está satisfeito. Uma idolatria por riquezas. É nesse ambiente que Satanás reina, nesse coração cheio de desejos efêmeros. E assim em suas frustações, muitos sucumbem nas drogas, no crime, na mentira, na corrupção. O “deus deste mundo conservou a mente dele na escuridão (2Co 4:4). Ele precisa que lhes sejam abertos “os olhos do coração” (Ef 1:18).

O pecador de mãos sujas diante do Santo | O cristão, quando contempla a santidade de Deus e tudo que Ele espera de nós, e percebe esta natureza má que habita nele, se sente impotente e miserável (Rm 7:18-24). Coisas que não deveria ter pensado, sentido ou feito, mas que em sua fraqueza, não resistiu. Ele não queria ser assim, mas vive esse conflito todos os dias (Gl 5:17). Não somente porque peca, mas principalmente porque continua desejando pecar. Ele sabe que isso entristece a Deus (Ef 4:29-30). Mas do que isso, ele sabe que isso o afasta de Deus. Ele se sente totalmente desamparado e angustiado. E observa a desgraça que o pecado tem feito ao mundo, o deixando doente e infeliz. Então, ele lamenta e sente profunda tristeza por tudo isso. E arrependido diz: “Senhor, eu sei que sou pecador! Me perdoa! Me ajude! Não se afaste de mim!”. A convicção do pecado, a profunda tristeza pelo senso de condenação, anteceda a conversão, a real alegria da salvação em Cristo. Quanto mais profundo eu reconheço este poço de escuridão que me aprisiona, maior gratidão eu tenho por aquele que me resgatou das trevas (Cl 1:13).  O “que chora” sabe que o problema não está fora, nem no outro, mas dentro dele. Ele enxerga sua responsabilidade pessoal, se humilha, confessa, e está disposto a reconciliação. Ele sabe que apenas com o perdão de Cristo somos capazes de lidar com as raízes mais profundas dos nossos problemas, sarando as feridas, destruindo maldições, e curando a alma (Mt 11:28).
 

4. TEMPO DE COMPARTILHAR E ORAR | Oremos para que nosso coração confie incondicionalmente na vontade de Deus, como Jesus. Essa foi a marca do Seu ministério (Jo 6:38). Desde o início, quando foi tentado no deserto, até seu último momento na cruz (Mt 26:39), Ele sempre se manteve em submissão a vontade do Pai. Um Deus que deseja para nós um futuro próspero e cheio de esperança (Jr 29:11). Uma vontade perfeita onde tudo coopera para o nosso bem (Rm 8:28). 

Esquema complementar:


 

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